Na Avenida da Liberdade, no Fundão, é onde vive a artéria mais pulsante da cidade fundanense. A principal avenida da cidade e nas suas ruas adjacentes é onde se localizam grande parte dos negócios e movimento que caracterizam o Fundão. E é lá que mora um dos espaços mais históricos e míticos que a cidade tem e com o qual se identifica, o Café Portugal. Um café que faz parte do imaginário fundanense e de quem o conheceu de forma mais próxima. Um ponto de encontro, um palco de muitas histórias e memórias, um mundo dentro de outro mundo que tem uma vida e uma existência próprias e únicas.
O café fechou e com ele se haviam fechado tantas memórias vivas da cidade e dos seus habitantes, até que este ano Cristina Vicente meteu mãos às obras e juntou o útil ao agradável: continuar um negócio de sucesso que já vinha construindo no mesmo ramo (República dos Sabores) e aproveitar o nome de um espaço histórico que muito diz à identidade fundanense até enquanto comunidade. E assim renasceu o Café Portugal, com o mesmo nome, como não podia deixar de ser, mas com uma nova gerência que lhe trouxe um novo rosto e uma nova alma. O espaço é hoje mais moderno, mais funcional e mais variado. Manteve o serviço de café e de esplanada, mas tem agora também o que já tinha a República dos Sabores: comida para levar para casa de muita variedade e qualidade, a preços acessíveis, assim como no próprio espaço para quem decidir optar por comer lá. Além disso, não deixou ainda de parte a doçaria e os produtos regionais, tendo também aí uma grande variedade de opções caseiras e tradicionais que não pode deixar de provar.
Muitos são os motivos para visitar o espaço, mas o principal é mesmo este. Estar num espaço com tanta história para a cidade e ser capaz de desfrutar dele num conceito renovado e com tanto sentido até nos tempos atuais.
17 de novembro de 2020
Jornal Fórum Covilhã – Fernando Gil Teixeira